segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ah... a carência!

Cá estava eu descansando sobre meu note quando me lembrei que há tempo não escrevo no blog. Mas as emoções dessas férias, que não foram poucas mal me deixaram parada. Exceto pela última semana de férias que adoeci...e adivinhem em quem pensei?...Ganha um doce quem adivinhar!
Eu fiquei de cama por uns dias devido meu abuso escrotérrimo do álcool (saindo de quinta à segunda não tinha como uma hora minha imunidade despencar) e de repente toda aquela euforia dos convites irrecusáveis, dos telefonemas surpresa, das propostas sedutoras havia acabado. Eu estava de cama!
Minha mãe me ignorou durante os dias em que eu estive colada com a cara no travesseiro esperando o mal estar sumir, afinal, era a pequena vingancinha dela por eu ter ignorado seus pedidos de "Menina pára em casa". E aí eu me senti só mais uma vez. Eu já não tinha a menina Valentina em quem eu havia investido os últimos meses pois depois de 5 dias de namoro (sim, apenas 5 dias =P, ela armou o maior barraco na frente dos meus amigos porque eu resolvi dançar com uma amiga enquanto a Val estava na mesa com seus amigos) ela havia caido fora da minha vida, nem a Paloma que depois de sair uma vez comigo queixou-se da falta de tempo e simplesmente sumiu (ai.. doloroso admitir, mas levei um fora rs), nem o carinha da aeronáutica que havia viajado pra São Paulo, nem a moça da praia, nem o bonitão da boate ou o loiro de olhos azuis do shopping. Nada, eu não tinha nenhum deles ali!
Foi aí que aquele sentimento horrível me abateu: a carência. E quando carentes funcionamos errado, como quando estamos apaixonados ou com raiva. Quando tomados por um forte sentimento, todo mundo deixa o racional de lado e age por instinto. Foi exatamente disso que eu tinha medo, acabar seguindo meus instintos.
Foi aí que eu pensei nele, naquele que estava sempre comigo a todo instante, aquele que chorava comigo, e sorria comigo, que fez planos comigo, que me amou, que me ama... meu ex-vizinho/ namorado.
Tá, eu deixo me xingarem agora, perguntarem qual é a minha, se eu sinto prazer em brincar com o sentimentos dos outros, se sou normal ou se sou narcisista. Na verdade não vou nem tentar justificar, mas a solidão me deixou confusa. Quando melhorei e voltei a frequentar as noites da minha cidade eu não era mais a mesma, nem todo carinha me interessava, nem toda mulher me despertava suspiros, tudo que eu fazia ou pensava era ele. Aqueles tempos, no quanto ele fazia falta, o quanto eu queria ele ali, dançando, bebendo e curtindo comigo.
Foi ai que nos reencontramos, eu revelei minha aflições e ele me pediu pra voltar!
Estou confusa, confusa demais. De repente agora eu quero, de repente agora eu sinto falta. Que raios é isso??? Será paixão? Ou sou carência?
Alguém aí se habilita a me ajudar a descobrir??

2 comentários:

Pai do Coração disse...

Quando a lagarta no casulo, no momento da matamorfose, ela realiza um esforço com as asas para rompê-lo. Este esforço ajuda na irrigação das asas, para que ela se "arme", cresça e possibilite voar. Se uma pessoa tenta com os dedos ajudar a borboleta a romper o casulo, as asas ficarão atrofiadas e a borboleta não voará. Alguns momentos são como casulo, são solitários, mesmo quando estamos cercados de pessoas íntimas. E os amigos apenas podem aguardar e torcer para você encontrar suas respostas. Quando eu tinha uns 33 anos um psiquiátra de cerca de 75 anos me deu a seguinte orientação: "Capitão, o senhor precisa enxergar as consequências futuras de suas decisões. Se o senhor não consegue, problema o seu." Eu estava fragilizado diante da decisão de uma internação da esposa em uma clínica psiquiátrica, com profundo sentimento de dor e culpa. A dúvida de fazer algo "mau" contra ela na verdade era minha dificuldade em conseguir conviver com minha própria dor, eu não estava pensando nela. Pareceu insensibilidade daquele médico falar daquele jeito, mas aquilo me sacudiu e precisei confiar em algo racional e não em minhas emoções. Como você pode ver, gosto de contar casos, porque permitem você tirar suas próprias conclusões sem eu que eu precise dar uma "solução" pronta. Não sei explicar, mas me sinto seu amigo. Obrigado por seus abraços.

Pai do Coração disse...

Um bom final de semana! Ou melhor...um bom período até o próximo comentário.