segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Eu beijei uma garota, e tinha gosto de cereja

Aquele sábado era promessa de duas coisas: estudo (porque eu teria aula durante a manhã e a tarde), e diversão (pois à noite, aniversário da boate, a festa prometia).
Cheguei em casa à noitinha, tinha acabado de vir da aula, ninguém havia chegado então descansei e jantei, afinal eu sabia q iria beber e álcool+estomago vazio não presta. Chamei meu namorado e fomos nós dois mais um grande amigo. Lá estava lotado, nunca havia visto tanto hetero e gay juntos no mesmo lugar. Muito homem bonito, muita mulher bonita... o paraíso e o inferno eram ali mesmo.
Primeiro foi a stripper no palco que me empolgou, ela tirou tudo e a performance era ao estilo policial, bem bruta kkkkk. Uma loira de congestionar até avião, delícia. Ela dançava como ninguém, e eu, empolgadíssima com aquela moça dançava junto a uma morena que estava de costas pra mim. Aquilo foi me dando um tesão que ai mesmo que eu dançava bem coladinho a ela. E quanto mais eu esfregava os seios nas costas dela, mais ela parecia gostar, e mais eu me excitava. A essas alturas eu já havia virado tantos copos de Martini que nem sei mais contar. Martini com cereja, nunca vou esquecer. Ela por vezes virou o rosto, talvez pra ver quem “dançava com ela”, ou pra beijava quem a seduzia, por pouco nossos lábios não se recostam, fiquei com receio porque meu namor dançava logo atrás de mim, eu ainda não estava insana o suficiente para tamanha cara de pau. Depois, ao não obter reciprocidade, afastou-se e a perdi de vista. “Merda” pensei, talvez a última chance que teria de chegar tão perto em uma mulher bonita pra beija-la.
Foi aí que outra morena me chamou atenção, cabelo comprido liso, bateu aquele tesão que não resisti e comecei a encará-la. Ela me olhava, as vezes sem graça, as vezes com desejo, talvez até tentando desvendar os desejos que eu guardava atrás dos olhos. Um colega que conhecia a algum tempo, acompanhado de algumas moças incluindo ela estava lá, chamei-o e confessei-lhe meu interesse, aí ele me disse “mas menina, essa ta acompanhada”. Eu disse “que horror” e ruborizei o rosto. Mas, tranqüilizando-me, em seguida disse “mas tenho uma amiga que tu vai adorar conhecer”, e me apresentou a outra moça. De primeiro imaginei “putz, deve ser um canhão... ah mas não tem problema não vai rolar nada mesmo, afinal meu namor ta logo atrás de mim e nosso amigo também”, no entanto quando eu a olhei... poxa, nem sei dizer. No dia seguinte em um torpedo que lhe enviei, falei “foi um presente conhecê-la”, e de fato foi. A química surgiu rápida, seu cheiro, sua respiração, eu surtei, surtei e a beijei ali mesmo após trocarmos umas palavras. Eu tinha uma cereja na boca que era do copo de Martini que eu havia bebido, e perguntei se ela gostava de cereja, eis que a resposta foi positiva, então pus em lábios atraves dos meus...
Acho que ela adorou a cereja, obrigada Katy Perry, inesquecível...
Trocamos e-mail e telefone naquela noite, domingo, segunda nos falamos... eu não paro de pensar nela...
Ah e quanto a meu namor? Agüentou forte, como um verdadeiro homem, teve uma crise absurda de ciúme, mas suportou.