sábado, 26 de abril de 2008

Por onde começar...

...Acho que a pergunta que cabe seja, por que começar?
Eu não sei bem. Sinto falta de falar mal de mim mesma. Talvez eu devesse procurar um padre, mas não sou católica. Esse é um daqueles momentos em que me pergunto o que mais me falta. Me sinto tão ingrata por não me satisfazer com as coisas como são, se bem que outro dia me falaram que essa é uma tendência humana... eu sei lá! Tanto faz!
"Eu devo estar sonhando", isso é o que a Amy Lee diz enquanto estou escrevendo essas linhas. Meu vizinho/ namorado e eu discutimos a relação (mais uma vez - achei que esse papel fosse meu!?!) e ele se queixou de carinho. carinho... não lembro da última vez que minha mãe me deu isso, nem da última vez que conseguir dar isso ao meu único irmão, mais novo que eu. Acho que só não me tornei frígida porque meu pai tentava sempre me lembrar do quanto eu era especial para ele (isso foi antes dele arrastá-la do quarto à sala pelos cabelos e enchâ-la de tapas - eu fui obrigada a jogar uma cadeira em cima dele para fazê-lo parar, depois não lembro de mais nada).
Após quase 3 anos de relacionamento, entre rompimentos, traições e mentiras, fica difícil a gente se manter carinhoso. Sim, eu o amo, amo porque ele não merecia e mesmo assim eu o perdoei, ou talvez porque no fundo eu nunca o perdoei ainda que ele merecesse, amo a pessoa que hoje ele se tornou, talvez pela pessoa que eume tornei. É difícil explicar pq aí eu entraria numa outra discussão sobre o que é o amor e ... bem... esse não é meu propósito.
Nos entendemos, ele entende fácil... eu é que sou teimosa, mas naquele dia eu é que estava errada... então tive que amolecer. Eu que tenho que mudar e ele que tem que me aceitar... rsrs Confúcio...
Mas além dessas... hoje vi meu pai. Fazia semanas que não nos falávamos. Não que ele não ligasse, eu é que nunca procurava. Ele estava num outro carro, mais sofisticado que o anterior, mas o aparelho de som ainda era o mesmo. Dizendo ele, era patrimônio da empresa, mas eu não fiquei trocando figurinhas a esse respeito com ele. Me deu a "pensão" e incluso a ela um a quantia X que eu havia pedido. Me queixei que há algum tentava queria comprar umas frutas e coisas assim ele sugeriu que fôssemos no mesmo dia. No entanto depois das compras feitas (e generosas aliás, pq ele iria depois de muito tempo, fazer compras pra mim e meu irmão), na hora de pagar saiu do dinheiro ridículo que papai acabara de me dar... Foi um susto tão gande que eu não sabia nem o que dizer... eu ainda me lembro bem, a única coisa em que pensara era :"caramba, o dinheiro da escola do meu irmão...!". Fiquei congelada por uns minutos... Deveria ter dito tantas coisas... e não disse nada. Entreguei o dinheiro e fiquei muda. Incrível... passara 6 meses sumido e quando reaparece não tira do bolso nem o dinheiro da comida???
Nã sei nem explicar direito o que senti.... Me deixou na porta do prédio e eu subi sozinha com as sacolas, depois ele foi embora. Ainda bem que eu tenho vergonha na cara... que não sou igual a ele.
Eu me lembro bem quando meu pai foi embroa de casa. Talvez pela frustração de não ser mais o homem da vida da minha mãe, talvez por não ser o homem da vida de mais ninguém, eu nem sei, apenas chegeui em casa e encontrei a carta em cima da mesa.
Pronto, estava feito. Tornou-se uma lenda, daquelas que se cita alguém que talvez nunca houvesse existido. Deu notícias meses depois, o resto é história.
Quase adormeci no sofá... estou com sono... pelo visto só publicarei isso amanhã!

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